quarta-feira, 23 de novembro de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
domingo, 23 de janeiro de 2011
Books # 2
E ainda outro:
http://books.google.pt/books?id=nmA7d7kjynoC&pg=PA235&dq=Musical+Performance+%E2%80%93+A+Guide+to+Understanding&hl=pt-PT&ei=7R6zTJKXFYfFswb9lrmvDQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=8&ved=0CFEQ6AEwBw#v=onepage&q=Musical%20Performance%20%E2%80%93%20A%20Guide%20to%20Understanding&f=false
sábado, 18 de dezembro de 2010
Sobre a aceleração segundo Hartmut Rosa: um tempo humano por António Pinho Vargas
por António Pinho Vargas
(Sexta-feira, 17 de Dezembro de 2010 às 22:12)
Duas coincidências levam-me a escrever esta pequena nota. Primeiro, o compositor holandês Jan van De Putte, de quem sou amigo há mais de 20 anos (e teve uma peça tocada na CdM na semana que acaba) esteve em minha casa uns dias e trouxe-me uma prenda: o livro Accélération: une critique sociale du temps do sociólogo alemão Hartmut Rosa. Em segundo lugar uma conversa com outro grande mas mais recente amigo, José Manuel Pureza levou-nos ao mesmo assunto: a aceleração brutal que se verificou no mundo este ano.
Uma das ideias mais geniais do judeu alemão Walter Benjamin, nas Teses sobre a Filosofia da História, prende-se com a sobreposição de vários tempos históricos no mesmo momento real. Outra sua ideia da mesma estirpe é a que diz que cada documento de cultura é sempre e também um documento de barbárie. Demorei a perceber esta ideia uns largos anos mas julgo ter conseguido aproximar-me, pelo menos, de uma interpretação dela. Mas não é disso que agora falarei.
O livro de Harmut Rosa de 2005 (no original alemão, de que só li ainda algumas partes e devagar) parece-me ser extremamente importante para perceber o questão da aceleração que todos, de uma forma ou de outra, sentimos agora. Mas foi escrito antes de 2008, ou seja, antes da crise do "subprime" e de tudo o que se desencadeou posteriormente. Contém uma ideia que me estimula uma compreensão parcial do que se passa.
Todos sentimos cada vez mais falta de tempo para viver "o que interessa viver" diz. Quer isto dizer, julgo, que somos obrigados a viver depressa demais coisas que não interessam verdadeiramente na vida, mas que se tornaram a razão de ser daquilo que nos é dito ser necessário fazer para "viver a vida".
Perante a ideia (optimista) de que "a acção individual, cultural e política poderia adaptar-se progressivamente às velocidades da mudança da modernidade avançada, desenvolvendo novas formas de percepção e de controlo, neste caso, graças à introdução de novas tecnologias genéticas ou de implantes informáticos."
A sua resposta vem cortante:
"Considero, pela minha parte, estas esperanças irrealistas na medida em que não se vê como estas reformas poderiam resolver o problema da dessincronização entre a política democrática e a evolução económica e técnica e de que forma elas poderiam ser postas em acção politicamente, uma vez que a possibilidade de uma governação [governance] política com os meios actualmente disponíveis é cada vez menos provável.
Acrescenta que, "mesmo que isto fosse possível, as novas formas que surgissem não seriam capazes de resistir muito tempo às novas forças acelerativas".
Que retiro daqui? Principalmente a dessincronização entre a política e a economia.
Que a maior rapidez e eficácia da economia e da técnica face a uma comparativamente muito mais lenta capacidade de acção política (com os seus procedimentos institucionais, eleições, debates, acção legislativa, aplicação prática posterior das decisões, etc.) está no centro da tremenda sensação de turbilhão em que nos sentimos.
Usando o jargão oficial de que tomamos conhecimento com maior intensidade nos últimos tempos "os mercados" agem em tempo real: um comunicado de uma agência de rating ou do FMI, provoca resultados e consequências no próprio dia em que é emitido. Qualquer acção ou reacção política, seja uma declaração de um ministro ou uma iniciativa legislativa, ou, de outro modo, uma manifestação de protesto violenta, reclama, precisa necessariamente , para ter consequências comparáveis, de muito mais tempo.
Por isso, como ajustar a política, no sentido de Jacques Rancière - a acção daqueles que habitualmente não têm poder, nem "o poder", nem nada - a esta aceleração brutal dos mecanismos que parece transformarem toda a realidade, a vida no seu todo, numa espécie de sala de uma bolsa de valores do tamanho do mundo onde écrans espalhados por todo o lado nos mostram, em tempo real, as subidas e descidas das acções?
Como fazer reduzir esta aceleração a um tempo propriamente humano e não ao tempo do dinheiro das bolsas?
Será pela via de Walter Benjamin, do súbito e inesperado salto do tigre a céu aberto, do tempo fora dos eixos de Shakespeare - the time is out of joint - em última análise, de uma revolução (que ninguém é capaz de imaginar nem como, nem quando) que seja capaz de lançar uma diferente turbulência dos tempos, uma turbulência contra a turbulência actual, da qual pelo menos sabemos onde está a origem? Creio que ninguém sabe responder.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
D'Arte # 14 [Performance - texto]
.txt interactive digital performance from ponto txt on Vimeo.
Lisbon
txtwork.wordpress.com/
Conceito original: Fernando Nabais
Autoria e direcção artística: Fernando Galrito, Fernando Nabais, Stephan Jürgens
Coreografia: Stephan Jürgens
Design de Som: Fernando Nabais
Dramaturgia visual: Fernando Galrito
Performer: Pedro Ramos
Gestão tecnológica: Fernando Nabais
Creative software development: André Almeida, Gonçalo Lopes, João Frazão
Tipografia e design: António Gomes (Barbara says… Design)
Fotografia: Filipe Dâmaso Saraiva
Figurinos: Paula Farraia
Adereços: Chloé Maxin
Produtora: Sandra Carneiro
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
sábado, 22 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
quarta-feira, 5 de maio de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
Da Solidão... #2
quinta-feira, 18 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
sábado, 16 de janeiro de 2010
Edith Sodergran (Suécia)
roubou-me o meu futuro
provisoriamente inteiro.
Hei-de reconstruí-lo ainda mais belo
como o imaginava desde o princípio.
Hei-de reconstruí-lo sobre esta terra firme
que se chama a minha vontade.
Hei-de elevá-lo sobre os altos pilares
que se chamam o meu ideal.
Hei-de dotá-lo de um subterrâneo secreto
que se chama a minha alma.
Dotá-lo-ei de uma alta torre
que se chama solidão.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
BOOKS #1
The Fundamental Concepts of Metaphysics: World, Finitude, Solitude
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
e. e. cummings
birds who are the secrets of living
whatever they sing is better than to know
and if men should not hear them men are old
may my mind stroll about hungry
and fearless and thirsty and supple
and even if it's sunday may i be wrong
for whenever men are right they are not young
and may myself do nothing usefully
and love yourself so more than truly
there's never been quite such a fool who could fail
pulling all the sky over him with one smile)
e. e. cummings
María Amelia Soliño
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
ROBERT ENKE - A ANGÚSTIA NO MOMENTO DE VIVER
"Suponho que é o meu destino que tudo na minha carreira tenha que ser estranho. Às vezes, desejava que tivesse sido um pouco mais fácil."
No final da tarde da última terça-feira, o antigo jogador do Benfica estacionou o carro a poucos metros da linha férrea, deixou a carteira no banco do passageiro e caminhou uma centena de metros junto aos carris antes de saltar para a frente de um comboio que, em Neustadtam Rubenberge, perto de Hanover, fazia, a 160Km por hora, a ligação entre Hamburgo e Bremen. O suicídio do atleta de 32 aconteceu não muito longe do cemitério onde está enterrada a sua filha e deixou incrédulo o futebol alemão com uma pergunta: porquê?
[...]
No domingo 49mil pessoas viram-no empatar no estádio de Hannover com o Hamburgo, três dias depois 35 mil pessoas participavam num desfile fúnebre pelas ruas da cidade.
[...]
Pensámos que conseguiríamos com amor, mas às vezes o amor não basta, disse a viúva.
Recordo dele a serenidade, a simpatia, a educação, o profissionalismo, as suas preocupações de carácter social e não só, referiu José Mourinho.
"Senti-me desajustado por causa da paixão exagerada dos adeptos e do clube. Senti-me absolutamente só e profundamente triste"
" A Lara, a minha mulher e eu sentados na cantina deserta do hospital na véspera de Natal a comer salmão com batatas"
Se Kahn e Lehmann eram loucura, Enke, ávido leitor, era delicado, a simpatia em pessoa. Uma estrela do futebol com os pés na terra, única, que ía para os treinos em Hannover de comboio, no meio dos cidadãos comuns.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
QUOTE#2
domingo, 6 de dezembro de 2009
Explicação aos Circunstantes
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Da Solidão...
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
QUOTE#1
Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma...
Francisco Buarque de Hollanda